domingo, 20 de dezembro de 2009

Um pouco de Humor




CARTA DE UM QUÍMICO APAIXONADO Á SUA NAMORADA


Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2001


Querida Valência


Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reacção irreversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Sabismuto bem que te amo. De antimónio posso te assegurar que não sou nenhum érbio e que trabario muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nuranio passado, com um arsénio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogénio. Estavas num carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atracção forte entre nós dois, acertámos os nossos coeficientes, compartilhamos os nossos electrões, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando te telefonei, respondeste carinhosamente: "Protão, com quem tenho o praseodímio de falar?".
Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos num palácio de ouro, e nunca causou nenhum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria contigo. Espero que não estejas saturada, pois devemos fazer uma reacção de adição e não de substituição.
Sinceramente, não sei por que estás á procura de um processo de separação, como se fossemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar erradio. Se isso acontecesse, iridio emboro urânio de raiva. Espero que não tenhas tido mais contacto com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polónio e Francio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição.
Antes de me deitar, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem ti minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. És a luz que me alumínio e estou triste porque actualmente o nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.


Abrácidos do
Marcelantânio

Feira da Ciência na Escola I

As Feiras de Ciência nas escolas constituem um completo processo de divulgação científica. A intenção é estimular os jovens a participar em actividades que permitem aumentar o conhecimento da realidade.
Gostaria de pedir a colaboração de todos os meus alunos para este projecto.
Obrigada, Prof. Rute.

domingo, 29 de novembro de 2009

Albert Einstein


"O conhecimento permite-nos ir de A para B, mas a imaginação permite-nos ir a qualquer lado"

domingo, 8 de novembro de 2009

Aplicações do som no dia-a-dia III


O SONAR usa a reflexão dos ultra-sons para localizar icebergs, cardumes de peixes, navios afundados, submarinos ou, simplesmente, a profundidade naquele local.

Aplicações do som no dia-a-dia II


Os testes com ultra-sons, aos componentes de um avião, permitem detectar defeitos internos sem danificar os componentes.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Aplicações do som no dia-a-dia I


Os ultra-sons são usados em exames médicos, como ecografias.

Como comunicam os astronautas no espaço?


No espaço, os astronautas comunicam por ondas rádio, o som não se propaga no vazio, mas as ondas rádio propagam-se.
Quando os astronautas chegam à Lua, entram num mundo silencioso.

sábado, 31 de outubro de 2009

Grafite e diamante




A grafite utilizada como mina do lápis, por muito estranho que pareça, tem uma composição igual à do diamante. Estes dois minerais são formados exclusivamente por carbono. As propriedades destes diferem muito graças à diferente estrutura cristalina. Enquanto que a grafite serve para escrever (desfaz-se no papel), o diamante é conhecido como o material natural mais duro.
Fonte: http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/sabias.html

Foguetes luminosos


Os componentes dos foguetes responsáveis pelos efeitos luminosos são os elementos alcalino-terrosos (Bário, Berílio, Cálcio, Estrôncio, Magnésio). Quando sujeito a uma fonte de energia forte (pólvora), cada um destes elementos emite uma luz intensa com uma determinada cor característica. A cor branca é produzida pelo Magnésio, a vermelha pelo Estrôncio e a verde pelo Bário.

Fonte: http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/sabias.html

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Por que é que, além, as estrelas são a nossa casa?




“A origem e a evolução da vida estão ligadas, da maneira mais íntima, à origem e evolução das estrelas. Em primeiro lugar, a própria matéria de que somos feitos, os átomos que tornam a vida possível, foram gerados há muito tempo e muito longe, nas estrelas gigantes vermelhas. (...) O Sol é uma estrela de segunda ou terceira geração. Toda a matéria que ele contém, toda a matéria que vemos à nossa volta, passou já por um ou dois ciclos prévios de alquimia estelar", Carl Sagan, "Cosmos".
Uma casa é sempre o sítio de onde se vem e para onde se vai. Se a nossa casa é o sítio de onde vimos, o astrofísico Sagan diz-nos que as estrelas são a nossa casa. E, se a casa é o sítio para onde vamos, o mesmo Sagan prevê que, daqui a milhões e milhões de anos, a nossa casa pode vir a ser uma ou mais das várias estrelas nos arredores cósmicos, espalhados como estaremos pelo impulso eternamente humano de descoberta. Os nossos átomos, os átomos do nosso corpo, tiveram de ser cozinhados no coração de uma estrela porque não há outra maneira natural de fazer, por exemplo, átomos de carbono ou de oxigénio. E a estrela Sol há-de um dia, feita gigante vermelha, produzir quantidades apreciáveis de carbono e oxigénio, espalhando até algum pelas imediações. Mas, antes de sermos engolidos pelo globo solar, enorme e vermelho, teremos provavelmente, movidos não só pela curiosidade e aventura mas também e sobretudo pelo instinto de sobrevivência, estabelecido civilizações noutros lugares do nosso canto da Galáxia.
(artigo publicado no jornal o Primeiro de Janeiro, das Artes e das Letras, 2000/05/03)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Imaginação, arte e ciência


Fonte: Carlos Fiolhais
Associa-se normalmente a imaginação à arte e o conhecimento à ciência. No entanto, a imaginação é essencial também para a ciência. Sem imaginação não há, evidentemente, a mínima possibilidade de ciência. A um dos maiores cientistas, o físico suíço e norte-americano de origem alemã Albert Einstein, alguém perguntou um dia o que era mais importante, a imaginação ou o conhecimento. Ele não teve dúvidas em dar a primazia à imaginação: "A imaginação é mais importante do que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação dá a volta ao mundo." Noutra ocasião, repetiu essa sua escolha de modo a não deixar margem para dúvidas, dizendo o mesmo por outras palavras: “O conhecimento permite-nos ir de A para B, mas a imaginação permite-nos ir a qualquer lado”.
A imaginação permite-nos, de facto, não só dar a volta ao mundo, mas ir a qualquer lado, mesmo fora do mundo que conhecemos. É a imaginação que permite à mente viajar a todos os lugares com a maior liberdade. Livremente! É isso que faz o artista, seja qual for o campo da sua expressão artística: ele não só descreve o mundo em que vive como constrói mundos, ao dar forma externa aos seus mundos interiores.
Por que é que, em geral, se pensa que a imaginação é avessa à ciência? Porque a missão do cientista é a descoberta do mundo em que vivemos, um mundo que é afinal único e que pode ser contrastado com os muitos mundos criados pela imaginação. De entre todos os mundos possíveis, vivemos num só. Acontece que é preciso uma imaginação extraordinária para concretizar o empreendimento científico. Para saber como é o nosso mundo, é preciso primeiro adivinhar como é. Quer dizer, é preciso primeiro imaginá-lo.
A arte é, tal como a ciência, uma actividade humana que requer criatividade.
A formulação de uma hipótese científica não é, em geral, trivial. Está longe de o ser. Exige, ao mesmo tempo, um grande conhecimento e uma grande imaginação. E é por isso que não é fácil ser cientista.
“É surpreendente que as pessoas suponham que não há imaginação em ciência. É um tipo de imaginação muito interessante, diferente da do artista. A grande dificuldade reside em tentar imaginar algo que nunca se viu, que seja consistente em todos os pormenores com o que já se observou e ao mesmo tempo que seja diferente do que até aí se pensava; mais, terá de ser uma afirmação bem definida, e não apenas uma proposição vaga. É, na verdade, difícil.” Será difícil, mas é precisamente a dificuldade da imaginação no trabalho científico que confere um valor acrescido tanto a essa imaginação como a esse trabalho.
Em resumo: É fácil para toda a gente perceber o papel que a imaginação desempenha na arte. O valor da arte é, em grande medida, o valor da imaginação. Mas é percebido por menos gente que a imaginação também é um ingrediente da ciência, ainda que de forma um pouco diferente. Se mais pessoas soubessem que a imaginação é comum à arte e à ciência e que na ciência ainda é preciso uma grande imaginação, talvez a ciência gozasse de um maior reconhecimento.

Microondas I


Os fornos microondas, usados para aquecer alimentos, surgiram de modo ocasional. A ideia de usar microondas para cozinhar alimentos foi descoberta por Percy Spencer que trabalhava numa empresa de aparelhos de radar. Um dia estava a trabalhar num aparelho de radar quando observou uma sensação repentina e estranha, e viu que uma barra de chocolate que tinha no seu bolso tinha derretido.

domingo, 11 de outubro de 2009

Cozinha molecular



Um ovo demora 10 minutos a cozer. A gelatina não solidifica se juntar ananás fresco. Basta um pouco de gema para que as claras não fiquem em castelo. Não é um mistério. É Ciência.

A Gastronomia molecular é uma Ciência. E como qualquer ciência produz conhecimento, que não só introduz novas técnicas na cozinha, como ajuda a melhorar as que já existem.

Os nossos alunos do 11º ano, de Ciências e Tecnologias, realizaram no passado dia 7 de Outubro de 2009 uma actividade laboratorial, no CCV de Lagos, com o tema "Cozinha Molecular". Durante mais de 90 minutos os nossos alunos foram cozinheiros e químicos ao mesmo tempo. Todos eles foram unânimes ao considerar que a visita de estudo superou as suas expectativas.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Comunicar com "Dente Azul"


O Bluetooth é uma tecnologia que permite a ligação e passagem de informação entre diversos aparelhos, utilizando ondas de rádio de curto alcance: é uma radiação segura, de baixo custo e disponível em qualquer lugar. O nome bluetooh ("dente azul" em inglês) é uma homenagem ao rei Haroldo Dente-Azul da Dinamarca, que incluía na altura a Noruega e actual Suécia, onde esta tecnologia foi inventada. Tal como este rei conseguiu, por vias diplomáticas, a comunicação entre tribos que anteriormente estavem em guerra, também a tecnologia Bluetooh consegue promover a comunicação entre aparelhos muitos diferentes.
(in "Elementos" de Jorge Magalhães)

sábado, 3 de outubro de 2009

A Via-Láctea - Nascimento e Morte das Estrelas

Durante muitos séculos, pensou-se que a Terra era o centro do Universo.
O Sistema Solar situa-se na Via Láctea e ocupa um pequeníssimo lugar no Universo, sendo apenas um entre os muitos sistemas planetários. (Aquiles Araújo Barros)

Lágrima da Preta

Lágrima de preta é um poema de António Gedeão (Rómulo de Carvalho) que inspirou a letra desta música.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Poema para Galileu


(...)Eu queria agradecer-te, Galileo,

a inteligência das coisas que me deste.

Eu,

e quantos milhões de homens como eu

a quem tu esclareceste,

ia jurar - que disparate Galileo!

- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça

sem a menor hesitação

- que os corpos caem tanto mais depressa

quanto mais pesados são.


Pois não é evidente, Galileo?

Quem acredita que um penedo caia

com a mesma rapidez que um botão de camisa

ou que um seixo na praia?

Esta era a inteligência que Deus nos deu.

(...)Por isso estoicamente, mansamente,

resistente a todas as torturas,

a todas as angústias, a todos os contratempos

enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,

foram caindo,

caindo,

caindo,

caindo,

caindo sempre,

e sempre,

ininterruptamente,

na razão directa dos quadrados dos tempos.
(António Gedeão)

Poema de António Gedeão - Máquina do Mundo

Máquina do Mundo
O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto é matéria.

Daí, que este arrepio, este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,esta fresta de nada aberta no vazio,deve ser um intervalo.
(António Gedeão)

domingo, 6 de setembro de 2009

Rómulo de Carvalho



Rómulo de Carvalho(1906 - 1997)
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu em Lisboa em 1906 e licenciou-se em Ciências Físico-Químicas pela universidade do Porto em 1931. Foi professor, pedagogo, cientista e investigador de História das ciências.
Publicou diversos livros de divulgação científica, assim como livros escolares especializados, nomeadamente na área da matemática.
Mas para além de homem da ciência, Rómulo de Carvalho é um grande poeta. Sob o pseudónimo de António Gedeão enriqueceu de forma decisiva a literatura portuguesa do século XX. Gedeão é autor de inúmeros belos poemas, “A Pedra Filosofal” ou “Lágrima de Preta” são dois exemplos bem conhecidos. Estes e outros mostram uma originalidade indiscutível e um génio poético impar!
O autor incorpora na sua poesia uma cultura científica actual numa mistura de meios de expressão tradicionais, e deixa ao mesmo tempo transparecer uma clara visão do mundo moderno. António Gedeão morreu em 19 de Fevereiro de 1997, meses antes de ter sido homenageado pelo Ministério de Ciência e de Tecnologia.
Rómulo de Carvalho ou António Gedeão, um cientista e um grande poeta português. Este nosso exemplo, mostra bem como a ciência e a arte têm uma fronteira ténue!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Não se pode ensinar tudo a um Homem, apenas ajudá-lo a procurar por si mesmo"
Galileu Galilei